" Piloto "
Olhando para o fundo do seu corpo, esperando que um dia você faça um sonho durar..Mais os sonhos chegam de vagar e passam muito rápido...Você a vê quando fecha os olhos , e talvez um dia você entenda porque. -Let Her Go/ Passenger.
SeuNome P.O.V'S
De olhos baixos passava meus dedos suavemente pela borda daquela simples caneca com o meu nome grifado em itálico, com movimentos lentos e cautelosos eu enrosquei os meus dedos em volta da cordinha do chá e puxei para cima deixando algumas gotas caírem sobre o líquido, aproximei a caneca do meu rosto e o vapor sobrava com precisão sobre a minha face. Fechei os meus olhos e puxei aquele ar que invadiu lentamente as minhas narina, suspirei e toquei os meus lábios na borda da caneca, molhei a ponta da minha língua e me contorci um pouco, me recompondo tomei um gole pequeno e satisfatório, aos poucos sentia o líquido deslizando sobre a minha garganta, aprecie o silencio e caminhei segurando firme a caneca até a sacada, ao abrir a pequena portinha de vidro que dividia o comodo me deparei com um vento frio, rapidamente voltei para trás e fechei a portinha, o ar frio de Londres ainda é intenso para mim, sempre fui acostumada com o sol brilhante do Brasil, sinceramente eu nunca vou me adaptar aqui, mais farei muito esforço, afinal.. Eu preciso terminar o meu último ano letivo e entrar em uma faculdade, dizem que aqui as possibilidade de um bom ensino são melhores.. Talvez seja, eu só preciso de um pouco de tempo para descobrir.
De olhos baixos passava meus dedos suavemente pela borda daquela simples caneca com o meu nome grifado em itálico, com movimentos lentos e cautelosos eu enrosquei os meus dedos em volta da cordinha do chá e puxei para cima deixando algumas gotas caírem sobre o líquido, aproximei a caneca do meu rosto e o vapor sobrava com precisão sobre a minha face. Fechei os meus olhos e puxei aquele ar que invadiu lentamente as minhas narina, suspirei e toquei os meus lábios na borda da caneca, molhei a ponta da minha língua e me contorci um pouco, me recompondo tomei um gole pequeno e satisfatório, aos poucos sentia o líquido deslizando sobre a minha garganta, aprecie o silencio e caminhei segurando firme a caneca até a sacada, ao abrir a pequena portinha de vidro que dividia o comodo me deparei com um vento frio, rapidamente voltei para trás e fechei a portinha, o ar frio de Londres ainda é intenso para mim, sempre fui acostumada com o sol brilhante do Brasil, sinceramente eu nunca vou me adaptar aqui, mais farei muito esforço, afinal.. Eu preciso terminar o meu último ano letivo e entrar em uma faculdade, dizem que aqui as possibilidade de um bom ensino são melhores.. Talvez seja, eu só preciso de um pouco de tempo para descobrir.
Com o som fraquinho de uma raspada de garganta me virei, Miranda me olhava com os olhos manchados e escuros, arqueie as minhas sobrancelhas e a mesma sacudiu a cabeça e foi lentamente na direção do sofá, rapidamente deixei o meu copo em cima do balcão e a segurei antes que ela viesse a cair no chão. A pálpebras de seus olhos estavam completamente dilatadas, droga! mais uma vez não.. por favor. Segurei ela em meus braços e Miranda se encontrava com os olhos bem abertos e arregalados, ela varreu a sala com os olhos e logo fixou o olhar em mim, deu um sorriso fraco e dirigiu as mãos até a minha bochecha.
Eu: Não me diga que voltou a pensar naquelas coisas, você me prometeu que pararia, Miranda. Qual é? -suspirei firme e ela ainda estava com as mãos fixas no meu rosto - Quando você vai acordar? não gosto de te ver assim.
Miranda: Não posso me sentir de outra maneira..-ela se perdeu, e suas palavras saíram cortadas-
Ela pressionou os olhos e eu resolvi me calar " Não posso me sentir de outra maneira " sua frase ensoa na minha mente e faz um oco terrível. A culpa que ela carrega no coração é de me partir ao meio, será que algum dia eu serei capaz de provar que podemos sermos felizes sem carregarmos essa magoa toda no peito? será que esse dia vai demorar muito para chegar? sacudi a minha cabeça na tentativa de afastar os pensamentos negativos e Miranda respirava com calma e estava agarrada com uma almofada, suspirando firme me afastei um pouco dela e a cobri com uma manta que havia jogada no sofá, ela resmungou algumas coisas mais logo voltou a dormir.. pelo menos ela pega no sono rápido, bem diferente de mim. Me coloquei de pé e avistei a minha blusa de frio na beirada do sofá, e assim que vesti a mesma sai pela porta. Talvez o ar fresco faça bem para mim. Me virei rapidamente para trás e dei uma última encarada na Miranda.
Ela pressionou os olhos e eu resolvi me calar " Não posso me sentir de outra maneira " sua frase ensoa na minha mente e faz um oco terrível. A culpa que ela carrega no coração é de me partir ao meio, será que algum dia eu serei capaz de provar que podemos sermos felizes sem carregarmos essa magoa toda no peito? será que esse dia vai demorar muito para chegar? sacudi a minha cabeça na tentativa de afastar os pensamentos negativos e Miranda respirava com calma e estava agarrada com uma almofada, suspirando firme me afastei um pouco dela e a cobri com uma manta que havia jogada no sofá, ela resmungou algumas coisas mais logo voltou a dormir.. pelo menos ela pega no sono rápido, bem diferente de mim. Me coloquei de pé e avistei a minha blusa de frio na beirada do sofá, e assim que vesti a mesma sai pela porta. Talvez o ar fresco faça bem para mim. Me virei rapidamente para trás e dei uma última encarada na Miranda.
" O que você guarda dentro desse coração confuso, Miranda? o que você esconde de mim? será que algum dia vai se abrir pra mim? será que algum dia eu vou compreender o motivos de todas as suas crises? porque tem que ser assim? tão difícil e complexo. "
Pensei fechando a porta atrás de mim e seguindo até o hall.
O porteiro me cumprimentou com um aceno simples com a cabeça e algumas pessoas que estavam sentadas na recepção me olhavam confusas e apertavam os casacos em seus corpos, dando de ombros passei pela porta de vidro e logo o vento soprou em meu rosto, os carros passavam com tanta velocidade que eu me senti em um verdadeiro carrossel, as luzes aqui fora parecem mais vivas e brilhantes, os posteres nos auditores eram grandes e intenso, parei por um estante em frente uma grande televisão, nela passava a propaganda da suposta escola que eu irei estudar, eram vários créditos mencionados, professores de alto escalam, de ótima eficiência, talvez seja essa a proposta dos meus pais.. nos ver interessados e focados demais nos estudos, assim não irei pensar nas crises de Miranda, e supostamente não iria me preocupar com os motivos gerais do pânico dela, isso faz sentindo.. Por isso a despedida, para se livrar de um peso, ou algo que eles guardam.. porque? eu não vejo uma explicação clara em minha mente, nem que eu tente eu poderia ver uma explicação lógica. Murmurei algumas coisas baixas em meu inglês desleixado e voltei a caminhar me afastando daquela tela gigante que atrai atenção de tantas pessoas. Levantei o meu olhar para o alto e o céu estava repleto de estrelas, muitas estrelas, tenho que admitir que o luar está lindo, mais não para mim.. Sacudi a minha cabeça e olhei para frente esperei paciente o sinal abrir e assim que o mesmo abriu eu enfiei as minhas mãos no bolso da minha jaqueta, passei os meus dedos em torno da custura e havia um simples papel dentro dele, peguei o mesmo nas mãos e levantei até aonde havia iluminação de uma cafetaria, aproximei dos meus olhos e era apenas a minha matricula que a Miranda fez ontem.. Terminar o último ano letivo em uma escola do outro lado do mundo.. definitivamente nunca foi o meu sonho, mais eu darei uma chance para recomeçar mesmo que isso pareça complicado e temido por mim.. mais tentaria de uma maneira ou de outra. Voltei com movimentos leves colocar o papel nos meus bolso e prendi o papel com força em torno dos meus dedos finos e frios. Com os olhos atentos atravessei outro sinal, a rua era dividida, de uma lado uma iluminação forte e colorida, e de outro lado a iluminação fraca e com algumas crianças passeando pela calçada com os seus pais, uma delas sorriu gentilmente para mim.. Ela era pequena e com os olhinhos puxados, e claros como as nuvens, ela piscou para mim e logo agarrou os braços de sua mãe, a pequena acenou para mim e me fez me sentir maravilhosamente bem, eu levantei a minha mão direita e mexi o meu dedo indicador contendo uma pequeno sorriso, a pequena tomou distancia e olhou para trás e soltou um gemido fraquinho de frio, sua mãe se agachou e com movimentos meigos envolveu os braços atrás da pequena costelinha dela e a levantou para cima, eu parei por um estante e observei com os olhos marejados, a menininha sobre o colo da mãe me olhou por trás de seus ombros, mexendo as mãozinhas ela me deu um breve " chazinho" eu contrai os meus lábios e me despedi dela que aos poucos se perdeu no meio da grande multidão de britânicos Voltei a minha atenção para frente e quase bati a minha testa em um poste, balancei a minha cabeça um pouco envergonhada e ouvi alguns risos perto de mim, coloquei o capuz da minha blusa rapidamente sobre a minha cabeça e encolhi os meus ombros Sofrer bullying até aqui é maldade pensei enquanto segurava a minha vergonha em um respiro fundo, mais os risos não paravam, eu senti os meus olhos arderem e me virei para o meu lado esquerdo aonde havia exatamente seis pessoas, não conseguia identificar rostos, e nem vozes apenas zumbidos e risos, droga! pressionei os meus olhos e rapidamente apertei o pano contra o meu corpo e tentei escapar daqueles risos.
- Calma, ela tá constrangida - uma voz rouca soo do outro lado da calçada, tentei acelerar os meus passos mais uma menina loira entrou na minha frente- Stefany, não se intrometa. -a mesma voz disse, e a menina de cabelos loiros cheios de mexas verdes de afastou e agarrou o braço e um menino- Como se sente?
O dono dessa voz, passou por trás de mim e me puxou para olha-lo, seus olhos refletiam em um pequeno poste de luz que estava posicionado acima da gente, ele mantinha o seu contato visual intenso comigo, eu pisquei os meus olhos e tentei me livrar de seus mãos que agora estavam presas e firmes nos meus braços, rangi os meus dentes tentando conter o frio e a agonia.. onde eu fui me meter? com pessoas desconhecidas que estavam rindo de mim.. droga! fui para trás com rapidez e trombei em mais alguém, com os cabelos lisos caindo em seus olhos meio esverdeados, eu contrai os meus lábios sentindo o meu sangue gelar em minha veias, eu só quero voltar para casa.
-Ela tá assustada, não é assim que cumprimentamos moças que não sabem olhar para frente. -O menino com os olhos esverdeados disse e logo afastou o garoto com a voz de perto de mim.. uma alivio me percorreu - Sua mãe nunca te ensinou a olhar para frente quando anda? nuca? -Minha mãe? não por favor não toque nessa ferida.. - Parece que não.
Uma garota se aproximou e seus cabelos eram castanhos parecidos com os meus, ela afastou esse menino de olhos esverdeados e colocou atrás dela e logo começou a falar.
-Deixa a garota em paz. Ela não parece ser daqui, olhem para ela, ela não sabe se vestir, com esse moletom velho imagina andar em umas das ruas mais movimentadas de Londres? cai pra nós. Só mais uma mera perdida, deixem ela. -senti o meu sangue começar a esquentar.. puxei a manga da minha blusa até o limite e a encarei friamente - Ela é muda, minha gente, deixem.
Eu: Se eu fosse você tomaria cuidado com as suas palavras. -dei exatamente dois passos na direção dela e a mesma levantou as mãos e mexeu as mesma assustada e logo conteve o riso, quem ela pensa que é? levantei as minhas mãos até as minhas sobrancelhas e delicadamente modelei a mesma ainda mantendo o meu contato visual com ela -
Stefany: Deixa Jami, vamos embora.
Jami: Não, agora não, Stefany. Parece que há uma valentona aqui no nosso meio, vamos ver se ela é mesmo.
Droga! ela se aproximou de mim e seu contato visual era tanto que eu poderia sentir os meus olhos queimando, nunca pensei que arrumaria briga praticamente na minha primeira semana em outro país, mais uma coisa é certa, eu não vou dar pra trás, se ela quer me enfrentar.. que seja. Deslizei os meus dedos até o seu ombro e ela logo acompanhou os meus movimentos.. passei as minhas mãos em torno da sua blusa sem alça e a borda de seu sutiã estava a mostra, e uma alça nada discreta, eu franzi o meu cenho e voltei a encara-la.
Eu: Você precisa de sutiãs novos. -ela semicerrou os olhos para mim - Com esse daqui eu duvido que você consiga o seu ponto hoje.
Jami: Você tá querendo dizer..
Eu: Foi o que você entendeu. -eu a interrompi levantando as minha sobrancelhas- Alias, foi o que todos aqui entenderam.
Ouvi um riso nada delicado saindo da boca de todos, os únicos que não transmitiam som nenhum era o menino de voz rouca e lenta e cabelos cacheados e olhos largos e claros e a Jami. Minha pulsação se acelerou por um momento mais logo me controlei.
Jami: Você não sabe com quem está se metendo, você não sabe.
Eu: Com uma garota que acha que é dona do mundo que vive caçoando das pessoas? hmm, você tem razão eu não sei mesmo, porque aonde eu vivo, no meu mundo as pessoas não são iguais a você, elas não são rudes e nem ignorantes. Você deveria prestar atenção nas suas palavras antes de sair por ai julgando e falando coisas que não sabe.
As palavras saíram cuspindo da minha boca, nada mal. Passei entre o menino com os cabelos cacheados e o amigo dele, olhei para trás e a Jami mantinha as mãos na cintura e seu olhar era de indignação, dei de ombros e a Stefany me olhou sorrindo, porem sem mostrar os dentes.. povo louco, aonde eu fui me meter? quase entrei em uma briga, quer dizer, literalmente eu entrei, mais eu não poderia deixar ela me maltratar daquela maneira.. ninguém fala comigo dessa forma. Atravessando a rua eu já me sentia aliviada e o meu corpo relaxado, não me arrependo por ter insinuado que ela era uma puta, só me arrependo por não ter prestado atenção na hora de me distrair com uma pequena e linda menininha.. talvez deve ter sido a falta que eu sinto aqui dentro de mim, essa não é a primeira vez que me distraio olhando uma mãe cuidando do seu filho, ou um pai correndo atrás da criança em uma praça publica, junto com o seu labrador enorme e com os pelos macios, não infelizmente essa não é a primeira vez que me perco na minha dolorosa nostalgia, porem sei disfarçar bem, talvez essa seja a minha única qualidade. Ao chegar novamente no prédio eu cumprimentei o John o nosso porteiro, ele acenou com a cabeça e me deu uma chave, eu olhei confusa e franzi o cenho.
John: Miranda resolveu sair um pouco, ela disse que precisava de um pouco de ar fresco de Londres- ah não - Aqui esta a chave, senhorita Spears.
Eu: Ela saiu pra tomar um ar? não. Essa cidade é louca, eu quase.. er.. deixa pra lá, obrigada John, e.. er.. pode me chamar de SeuApelido, O.K? -ele assentiu um pouco envergonhado - Boa noite John.
John: Boa noite senhori..-eu levantei as minha sobrancelhas o interrompendo - Boa noite SeuApelido. -ele soltou um riso envergonhado e logo voltou a sua atenção para o trabalho.
Pelo menos a amizade do porteiro eu tenho.. já é um bom começo. Soltei um riso bobo e entrei o no elevador e assim que abri a porta de casa encontrei o teimoso e chato silencio, puxei uma poltrona um pouco alta e levantei os minhas pernas descansando ali, peguei o controle da televisão e liguei a TV e me perdi de volta em meus pensamentos.. Miranda resolveu sair? ela não estava dormindo? revirei os olhos um pouco frustrada e tampei o meu rosto com a almofada e fui aos poucos caindo de lado e junto comigo puxei a manta que estava cobrindo a Miranda agora a pouco e acabei dormindo.
To be Continued..
XX Gabi Stefany
Ja posso sentir que essa fic promete.
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